As condições emocionais exercem influência sobre o desempenho físico? Um estudo realizado pela Universidade Alemã do Esporte mostrou que os participantes produziram melhores performances físicas ao lembrar emoções de raiva ou de felicidade, em comparação ao estado emotivo neutro, de ansiedade ou de tristeza.
Para realizar a prova, um grupo de atletas de uma universidade alemã participaram de experimentos que induziam a cinco estados emotivos (felicidade, raiva, ansiedade, tristeza e uma emoção neutra) a partir de lembranças de experiências pessoais. Depois da indução deveriam praticar três experimentos medindo a força da musculatura do dedo (Experimento 1), a altura do salto de contramovimento (Experimento 2), e a velocidade do lançamento de uma bola (Experimento 3).
Os pesquisadores ressaltam entretanto que os resultados devem ser analisados a partir das habilidades físicas necessárias para cada atividade física. Utilizando aptidões físicas que coincidem com uma tendência à raiva como as atividades relacionadas aos experimentos deste estudo, os resultados se mostraram mais consistentes. Mas a raiva terá efeitos diferentes sobre atletas que necessitem concentração a outros que necessitem estímulo.
O estudo se baseia na teoria cognitivo-motivacional-relacional (CMR), desenvolvida pelo psicólogo norte-americano Richard Lazarus, em 1991. A teoria sustenta que as emoções são desenvolvidas através da relação do indivíduo com o meio. Assim que a motivação e cognição exercem grande efeito sobre a interação de uma pessoa em determinado contexto.
Os resultados das provas revelaram que as emoções de felicidade e raiva não possuem diferenças entre si. Como felicidade, os pesquisadores utilizaram o conceito de Lazarus: felicidade é “realizar um progresso considerável na realização de uma meta”.
Fonte e foto: http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/23535977