Num artigo publicado no Journal of the Academy of Nutrition and Dietetics, Tracy Vericker apresenta os resultados de um estudo realizado nos Estados Unidos que aponta para a influência da escola na obesidade infantil. A análise dos dados revelou que o IMC de adolescentes está relacionado a ambientes de alimentação escolar e atividade física, entre meninos e meninas de baixa renda.
Usando dados secundários a partir de uma amostra nacional representativa de crianças do jardim de infância entre 1998 e 1999, e métodos não experimentais, o estudo examinou as associações entre os ambientes de alimentação e a atividade física na escola, através do índice de massa corporal (IMC) em meninos e meninas de baixa renda, na 8ª série em 2007.
Os resultados revelaram que a participação nas atividades esportivas escolares está associada com uma pontuação de 0,55 IMC mais baixa para os meninos. Para as meninas de baixa renda, o café da manhã escolar está associado com uma maior pontuação 0,70 IMC e a merenda escolar está associado com uma maior pontuação 0,65 IMC.
Cada hora passada em casa está associado a uma maior pontuação 0,02 IMC para meninas de baixa renda.
Segundo o autor, os alimentos vendidos na escola e a prática de atividades físicas escolares comprovaram ter influência sobre os comportamentos alimentares e desportivos entre os adolescentes de baixa renda. Considerando o problema da obesidade infantil como um crítico problema de saúde pública – nos Estados Unidos, uma de cada cindo crianças está obesa, as escolas podem ser um ponto de intervenção política pública promissor.
Fonte: http://www.andjrnl.org/article/PIIS2212267213012835/abstract
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