A expectativa de vida aumentou mas os fatores de risco da sociedade atual provocaram as chamadas Doenças Crônicas Não-transmissíveis (DCNT). O problema das DCNT é mundial, acomete países pobres e ricos.
Com o aumento da morbidade, com a diminuição progressiva das mortes por doenças infecto-contagiosas e a elevação das mortes por doenças crônicas, mais ações articuladas serão necessárias para preveni-las. É também uma medida econômica, pois como bem diz o ditado: prevenir é mais barato do que remediar.
Em abril deste ano, o Comitê Olímpico Internacional (COI) patrocinou uma reunião com especialistas sobre prevenção de DCNT com o intuito de diagnosticar e gerenciar estratégias aplicáveis às políticas públicas de saúde.
O resultado foi divulgado agora com uma declaração de consenso entre os participantes do encontro, com a resolução de cinco procedimentos estratégicos, a seguir:
1) Orientar o foco à mudança de comportamento como elemento fundamental em todos os programas clínicos para a prevenção e controle das doenças crônicas não-transmissíveis.
2) Criar centros de pesquisa para desenhar, planejar, implementar e melhorar os programas voltados às DCNT.
3) Criar um modelo central para aplicação em programas de prevenção que possam ser protótipos de rápido aproveitamento e interação.
4) Ampliar as técnicas e os conhecimentos dos profissionais da Medicina do Esporte e dos Exercícios para a prevenção das DCNT centrados na dieta, na preparação física e no estilo de vida.
5) Pretende-se difundir recursos e mobilizá-los pelas redes para patrocinar e distribuir programas de prevenção.
A declaração de consenso é uma proposta estratégica que une pensamento à prática aos programas de prevenção nos sistemas de saúde. Para realizar os cinco passos será necessário um esforço global. Um momento propício para que a COI e a Medicina do Exercício e do Esporte possam atuar em conjunto para combater o quadro atual.
Fonte: http://link.springer.com/
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