William Forrest Martin, estudante de pós-graduação na Universidade de Connecticut, apresentou durante uma conferência de Biologia Experimental resultados relacionados a um estudo que realizou em torno do consumo de dietas hiperproteicas e os riscos que estas têm ao elevar a carga de trabalho nos rins e causar desidratação em atletas preparados.
O pesquisador indica que as dietas hiperproteicas ganharam popularidade pela crença de que permitem a perda rápida de peso. Estas dietas levam ao consumo de carnes, ovos e outros alimentos com alto conteúdo de proteína, enquanto evita o consumo de carboidratos e vegetais. Entretanto, a Associação Americana do Coração indica que não há evidencia científica que demonstre que esse tipo de dieta sirva realmente para desfazer-se do excesso de peso a longo prazo.
Martin e sua equipe supervisionaram a evolução de cinco atletas durante um período de treinamento de quatro semanas e sob uma dieta hiperproteica. Os atletas consumiram certa de 30% de suas calorias totais de alimentos como ovos, carne e barras energéticas. As análises de sangue demonstraram que o consumo elevado de proteínas derivaram em uma hipohidratação (baixa hidratação) e os rins aumentaram sua carga de trabalho. De acordo com o especialista o aumento do consumo de proteínas elevou os níveis de nitrogênio no sangue, cujo excesso se deposita nos rins em forma de ureia, que debe ser filtrada e excretada na urina.