Tênis de amortecimento, de controle de movimento, de estabilidade. As opções para corrida atendem aos diferentes tipos de pés e têm como meta reduzir lesões. Mas realmente funcionam? De acordo com pesquisas listadas pelo blog Well, do jornal The New York Times, não há comprovação de eficácia.
O exército americano realizou três grandes estudos, que constataram quase nenhuma relação entre usar calçado “apropriado” e afastar contusões. O índice de problemas entre os corredores analisados foi alto e chegou até a ser maior no grupo de soldados que receberam tênis diferenciados em vez de neutros.
Outra pesquisa, divulgada online em junho na publicação The British Journal of Sports Medicine, produziu resultados parecidos com os dos militares. Oitenta e uma mulheres com experiência em corridas de distância foram classificadas de acordo com o pé e apenas metade recebeu tênis específicos. Todas começaram um treinamento de 13 semanas de meia-maratona. No final, cerca de um terço perdeu dias de atividade por conta de dor, sendo que a maioria das machucadas calçou tênis “apropriados”.
O líder dos cientistas que acompanharam as esportistas, Michael Ryan, disse que, em certos aspectos, os calçados diferenciados funcionam. Os tênis de controle de movimento, por exemplo, realmente reduzem significativamente a pronação (movimento de rotação interna dos pés e pernas), segundo testes biomecânicos. O problema é que ninguém sabe se ela é realmente o assunto prioridade, acrescentou Bruce H. Jones, autor dos estudos militares.
A dica de Ryan para quem vai comprar tênis é provar pares variados e verificar se sente alguma dor ou desconforto. Seria interessante, segundo o especialista, correr com eles em volta do quarteirão antes de decidir qual é o melhor exemplar. O problema é achar uma loja que deixe, não é?
FONTE: Portal da Educação Física