Pablo Cardona, professor de Direção de Pessoas nas Organizações, no IESE, afirma que o conflito na organização é necessário para avançar, e por dois motivos: por um lado, permite ampliar os pontos de vista a respeito de uma situação, e por outro lado, permite que as pessoas se expressem, reduzindo a margem de frustração dos indivíduos.
O especialista indica que na empresa podem surgir dois tipos de conflito: os de caráter estrutural e os de tipo pessoal.
Cardona explica que os problemas de tipo estrutural surgem pela própria organização da empresa ou por mudanças externas. Assuntos como a legislação, a falta de recursos ou de critérios de distribuição costumam criar conflitos.
Em nível pessoal, os conflitos podem estar relacionados às diferentes formas de ver as coisas. Em empresas multinacionais, os conflitos podem se apresentar em função dos valores, enquanto que em empresas familiares os valores costumam ser compartilhados. Os conflitos em nível pessoal têm uma carga emocional muito mais forte, e é necessária uma formação especial e experiência para ajudar a resolvê-los.
Quando o conflito ocorre em uma empresa familiar, é preciso separar os problemas da empresa dos problemas familiares. É possível recorrer a facilitadores para resolver os conflitos, mas deve ser considerado que a solução de um conflito é um assunto pessoal, e cada indivíduo tem uma forma de abordar um conflito. Pode-se orientar as pessoas no processo resolução de um conflito, mas não se pode resolver o conflito por elas.
O perdão é um fator fundamental na gestão de um conflito. É preciso saber pedir perdão e aprender a perdoar para resolver os problemas emocionais, pois se os problemas emocionais não forem resolvidos podem ressurgir e gerar um novo conflito.
Fonte: http://blog.iese.edu/in-family-business/el-conflicto-es-necesario-para-poder-avanzar/
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