Negócios sociais e lucros

Os negócios sociais, aqueles que buscam beneficiar populações de baixa renda, podem ser rentáveis se derem maior ênfase no desenvolvimento do produto do que no impacto social. Dessa maneira, a comercialização do produto pode ser sustentável a longo prazo e manter o crescimento da comunidade que dá vida ao projeto.

Um estudo publicado pela consultora Nielsen indica que “50% dos compradores de todo o mundo estão dispostos a gastar mais em produtos que contribuam com a sociedade”.

Na opinião de Bonny Moellenbrock, diretora executiva da Investors’ Circle, uma rede de 20 anos de existência que financia empresas sociais com fins lucrativos, as empresas que procuram ajudar certas populações têm que estar preparadas para estabelecer contato com diferentes públicos e investidores, e serem capazes de ajustar a linguagem a cada um. Além disso, é preciso entender em que nível se compromete um interessado em uma causa.

É preciso entender que uma empresa com fins sociais precisa de dinheiro de investidores para ser expandida e para ser rentável, mas nem todos os investidores estão dispostos a esperar muito tempo para ter retorno do seu investimento.

Ted Barber, empresário social que ajudou mulheres a comercializarem velas no mercado norte-americano para o segmento empresarial, diz que para conseguir vender suas velas para atacadistas de alcance nacional é preciso ter dinheiro, mas que é difícil encontrar investidores dispostos a esperar indefinidamente por lucros.

Por outro lado, a empresa de produtos magnéticos de madeira Tegu, focou no desenvolvimento de um produto que possa competir em nível internacional. A empresa tem 83 trabalhadores em Tegucigalpa, Honduras, e já vende produtos na Amazon. Embora no momento digam que não é uma empresa rentável, já obtiveram acordos para comercializar seus produtos na Escandinávia e na Coreia.

Fonte: http://fnbr.es/nj

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