Ciberjornalismo: novos desafios para os meios de comunicação e para os profissionais

A imprensa é um antigo negócio que foi evoluindo junto com os meios de comunicação. A imprensa, o rádio e a televisão permitiram que a informação chegasse a milhões de pessoas em poucas horas ou minutos, e os meios ganharam tanta relevância que chegaram a se estabelecer como o quarto poder. Por muito tempo os meios costumaram estabelecer uma comunicação quase unidirecional, mas a Internet chegou para mudar os formatos e a velocidade de transmissão da informação, e este novo entorno exige que os jornalistas se transformem em ciberjornalistas, profissionais acostumados a trabalhar com as novas ferramentas digitais e interagir com grandes audiências.

Para a maioria dos negócios a chegada da Internet significa uma mudança significativa em sua estratégia de comunicação e promoção, mas para a imprensa a Internet é um entorno que implica uma mudança na alma do negócio, uma mudança na forma como são produzidas e distribuídas as notícias para a audiência. Hoje os meios digitais recebem comentários e críticas sobre a informação que apresentam quase de forma instantânea, e manter uma estrutura unidirecional de comunicação é impossível em um novo cenário em que os celulares e computadores oferecem a possibilidade de se manter informados e interagir com o meio que produz a informação em tempo real.

Há alguns anos atrás o jornalista podia produzir algumas notas durante o dia e o conteúdo era revisado pelo editor para sua posterior publicação. Com a mudança para os formatos digitais, o fluxo de produção mudou e hoje a produção do conteúdo é realizada quase em tempo real, e em muitos casos são realizadas transmissões ao vivo a partir de qualquer lugar do planeta que tenha acesso à Internet.

Os novos ciberjornalistas devem ter um amplo conhecimento das ferramentas tradicionais utilizadas para a produção de conteúdo, mas também devem dominar as ferramentas eletrônicas utilizadas para produzir texto, áudio, vídeo e multimídia para informar à audiência. Além disso, devem ter um profundo conhecimento dos assuntos tratados, considerando que receberá centenas de respostas de um público que tem acesso a uma vasta fonte de informação: a Internet.

As escolas de jornalismo ficaram ultrapassadas e são muito poucas as que conseguiram se adaptar às novas tecnologias. Além das mudanças internas dos meios de comunicação, é preciso também uma mudança nas escolas que formam os futuros jornalistas, para formar ciberjornalistas que tenham a capacidade e uma atitude mental aberta para novos formatos e plataformas. É preciso profissionais preparados para adaptar o conteúdo a diversos formatos, e utilizar em cada contexto a linguagem apropriada, de acordo com o meio que será utilizado. É preciso jornalistas de qualidade com uma preparação técnica focada nos novos meios digitais.

Os novos ciberjornalistas devem manter um espírito de autoformação que lhes permita ampliar seus conhecimentos tanto em nível técnico quanto em torno dos diversos assuntos sobre os quais devem criar informação. As novas ferramentas tecnológicas mudam com grande rapidez e configuram meios de comunicação multidirecionais que abrem espaços dinâmicos para a interação de enormes audiências.

Para fazer enfrentar os novos desafios levantados pela formação de novos ciberjornalistas, a Funiber oferece aos profissionais de fala hispana o programa de Especialização em Jornalismo e Ciências da Informação, um programa que “busca desenvolver nos profissionais uma consciência crítica, fundamentada em conhecimentos práticos e modernos, para que possam não apenas se adaptar a este novo panorama, mas também se converter em pioneiros no tratamento da informação jornalística”.

Especialização em Jornalismo e Ciências da Informação:
http://www.funiber.org/areas-de-conocimiento/audiovisual-y-multimedia/periodismo/

Foto: Alguns direitos reservados por birdyartworks/Flickr.