O ministro da Fazenda, Guido Mantega, destacou que um dos objetivos das medidas anunciadas pelo governo (redução do IPI, IOF e de estímulos ao crédito e a compra de veículos) é evitar demissões no setor produtivo. Além disso, o intuito é estimular a economia que enfrenta baixo crescimento ante a crise financeira internacional. As mudanças beneficiam a indústria automobilística. “O setor não demitiu até agora, mas já ameaçava dar férias coletivas. Para evitar que isso acontecesse, decidimos adotar medidas”, disse o ministro que participou de audiência pública na CAE (Comissão de Assuntos Econômicos) do Senado para explicar as novas regras de cálculo da poupança. As medidas estão na Medida Provisória 567. Uma das medidas beneficia o setor automotivo com a redução do IPI que auxilia quem pretende comprar um carro zero. As alíquotas caem de 11% para 6% (carros até 1.000 cilindradas); de 11% para 6,5% (de mil a duas mil cilindradas); e de 4% para 1% (utilitários). A desoneração para o setor vigorará até 31 de agosto e provocará renúncia de R$ 1,2 bilhão para os cofres federais.
O governo espera ainda que os automóveis tenham desconto no preço de tabela, que pode chegar a 2,5%. Os bancos, públicos e privados, prometeram aumentar o volume de crédito, o número de parcelas e, também, reduzir o valor da entrada para a aquisição de um carro zero. Além disso, o Banco Central passará a liberar até R$ 18 bilhões em depósitos compulsórios (dinheiro que os bancos são obrigados a recolher à autoridade monetária) para aumentar os recursos para o financiamento dos automóveis.
Também foi anunciada a redução do IOF, de 2,5% para 1,5% ao ano, para todos os tipos de operação de crédito à pessoa física, da mesma maneira que vigorava no início de 2011. A redução não tem prazo para acabar e o governo federal deixará de arrecadar R$ 900 milhões em três meses com essa medida.
Outro fator importante foi a pontualidade no pagamento das micro e pequenas empresas que passou de 95% em março para 95,3% em abril de 2012 (a cada 1.000 pagamentos realizados, 953 foram quitados à vista ou com atraso máximo de sete dias). Na comparação com o mesmo mês do ano passado (abril/2011), houve avanço de 0,8% na pontualidade de pagamento das micro e pequenas empresas no país. Foi o quinto mês consecutivo de alta interanual deste indicador.