A StautRH revelou em pesquisa que a maioria dos empresários entrevistados no estado de São Paulo não concordariam em enfrentar uma redução de renda em troca de maior qualidade de vida. Ou seja, qualidade de vida não é visto como um fator relevante para motivar mudanças no emprego.
Dos 407 profissionais entrevistados, apenas 18% aceitariam uma oferta de emprego com remuneração inferior à recebida atualmente considerando uma vida mais equilibrada.
“É muito raro encontrar alguém que esteja realmente disposto a abrir mão de parte do seu salário ou aceitar um cargo de menor responsabilidade, mesmo com a possibilidade de trabalhar mais perto de casa ou em uma empresa com melhor ambiente”, diz o diretor da StautRH, Carlos Staut.
Contraste de gerações
Os dados obtidos revelaram também que o comportamento dos entrevistados varia de acordo com a faixa etária. Jovens de até 25 anos mostram-se menos dispostos a mudar de emprego, somente 9% dos entrevistados tem isto como opção para uma mudança efetiva de emprego. Já o grupo formado por profissionais acima de 40 anos, o índice sobe para 25%.
Os resultados evidenciam as duas gerações com clareza: a “baby boomer”, composta por pessoas nascidas entre o final da II Guerra Mundial até 1960, e a “Y”, representada pelos nascidos após 1981. Pela primeira são mais valorizados o compromisso com o trabalho, atividades em equipe, planos de carreira a longo prazo. Enquanto a segunda geração mencionada valoriza a satisfação pessoal, profissional e financeira em curto e médio prazo, porém, não aceita retrocessos profissionais.
Agilidade e saúde
Outro dado levantado indica o tempo gasto com o deslocamento das pessoas durante o trajeto casa-empresa. Enquanto 50% dos residentes de cidades do interior e 32% da cidade de Campinas gastam 30 minutos, somente 21% dos moradores da cidade de São Paulo dispensam o mesmo tempo.
Apesar disso, mesmo com os ganhos e com a agilidade, viver no interior nem sempre é garantia de pouco estresse ou ansiedade. De acordo com a pesquisa, apenas 45% dos entrevistados que residem na Capital e Grande São Paulo afirmaram já ter apresentado alguns destes sintomas – número inferior ao observado em outras localidades.
“O levantamento mostra que 53% dos profissionais que residem em Campinas, por exemplo, já apresentaram tais problemas de saúde”, diz Staut.