Infelizmente a maioria dos prefeitos do Brasil não colocam como prioridade em suas plataformas de governo a gestão qualificada e eficiente, além da alocação correta dos investimentos feitos em suas respectivas cidades.

Muitos se preocupam e conhecem os principais problemas do município, entretanto as ações são ineficazes, não existindo, em vários municípios mineiros como também de todo Brasil, uma equipe técnica qualificada, capaz de suprir a demanda de serviços e problemas que a população enfrenta, através de projetos que consigam assegurar os recursos e investimentos necessários.

Enquanto o chefe do executivo municipal ficar se preocupando apenas com a próxima eleição ou com problemas secundários e de menor importância, nenhuma grande alteração acontecerá de fato na sociedade. Já está mais do que na hora das prefeituras começarem a se organizar de forma mais eficaz, buscando uma gestão que priorize os grandes investimentos, sobretudo nas áreas de maior carência dos municípios.

Planejamento, coordenação, modernização e o aperfeiçoamento da máquina pública culminam em menos despesas para o município e uma melhor prestação de serviços à população, gerando assim um círculo virtuoso onde todo trabalho está voltado para a máxima eficiência e eficácia dos gastos, evitando desperdícios, combatendo as fraudes e desvios de recursos.

A legislação brasileira avança no sentido de tornar cada vez menores ou mesmo inexistentes práticas imorais, ilegais e desonestas, como a Lei de Responsabilidade Fiscal no ano de 2000 e, mais recente, a Lei do Ficha Limpa em 2010, que foi votada, aprovada e sancionada graças ao clamor da sociedade brasileira, porém de nada adianta se não tivermos a cultura organizacional bem formulada e implantada dentro do planejamento de gestão, pois assim teremos governos voltados exclusivamente para as necessidades reais e latentes da população.