A cada dia, especialmente neste ano de 2007, percebe-se um interesse maior pelo Coaching, expressão oriunda do jargão empresarial americano, que significa, livremente, aconselhamento profissional de carreira.
Observa-se o aumento do número de empresas de consultoria e de profissionais liberais que oferecem programas e trabalhos de Coaching, que são oferecidos às empresas como pessoas jurídicas e aos executivos e profissionais como pessoas físicas.
A busca pelos programas de Coaching pelas empresas tem como objetivo, principalmente, o desenvolvimento das competências necessárias aos executivos, para atuar, na relação com as pessoas de suas equipes, como verdadeiros conselheiros, orientadores, treinadores.
Procura-se oferecer aos executivos investidos em funções de chefiar subordinados, condições para um trabalho que considere diferenças individuais, que reduza conflitos, que faça por aproveitar o que de melhor as pessoas da equipe possam oferecer, que facilite a aceitação de mudanças e que busque sempre o desenvolvimento e o crescimento individual.
Muito freqüentemente, porém, ocorre a necessidade da empresa de dar apoio a um dos seus profissionais que esteja vivendo momentos delicados em sua carreira e que mais do que ser preparado para tratar com os problemas dos subordinados precise resolver os seus próprios problemas.
Poderíamos até, quem sabe, indicar que se estaria falando de um Coaching para multiplicadores – Corporativo – e de um Coaching para indivíduos isolados – Pessoal – que apresentam necessidades singulares a serem trabalhadas com um Coach qualificado.
O Coaching para multiplicadores se confunde muito com o trabalho de desenvolver nos executivos as competências mais típicas do processo gerencial, mas com especial interesse para as relações humanas e para a liderança, assentado na velha Teoria Y de Douglas McGregor. Já o Coaching Pessoal é um trabalho normalmente realizado por um Coach externo aos quadros da Empresa, o qual procura, de forma interativa com o Coachee (Cliente), analisar e avaliar situações humanas e funcionais e encaminhar atitudes e comportamentos tendentes a reduzir ou eliminar os problemas e situações diagnosticados.
A vida difícil das pessoas no ambiente de trabalho moderno, submetidas a extenuantes horários, incontáveis pressões, muita frustração e depressão, juntamente com a necessidade de rápido progresso hierárquico e a necessidade de manter altos salários e significativas bonificações, as coloca debaixo de uma exigência continua e pesada de sucesso, que assusta e amedronta a todos e a cada um que se vê como participe forçado de um tal processo.
Por isso, o que se tem observado é a crescente procura de Coaches qualificados e competentes que possam atuar ainda enquanto as pessoas precisam de um ombro amigo, sem necessidade imediata de ação terapêutica. O Coaching não é apenas um bate-papo genérico e superficial, mas sim uma ação profissional que demanda do Coach, todo um currículo de vida e de experiência que lhe permita entender as situações expostas pelo Coachee (Cliente) e ajudá-lo a encaminhar soluções para os problemas levantados.
A ferramentas que a Psicologia põe a serviço do Coaching ajudam, frequentemente, a abrir informações muito úteis para o desenvolvimento dos trabalhos e podem servir de base para abordagem a ser utilizada e para abrir característica pessoais, cujo reconhecimento é sempre importante para a dinâmica do processo.
A mensagem que este texto pretende transmitir é de que o Coaching veio pra ficar e embora esteja na moda, não é apenas mais um modismo em Recursos Humanos e, no mundo moderno e no futuro das organizações, uma necessidade cada vez essencial à qualidade de vida das pessoas e ao desenvolvimento das empresas. Chefes estão sendo treinados para serem coaches de suas equipes, profissionais das áreas de humanas estão se qualificando para trabalhar com grupos e indivíduos e os executivos estão percebendo o quanto pode ser útil para suas carreiras e para suas vidas, ter um interlocutor com quem abrir seus problemas e olhar para o futuro. Procurar um Coach não é sinônimo de fraqueza profissional, mas sim sinal de inteligência e de maturidade.