É comum ver nos noticiários episódios frequentes de inundações nos centros urbanos. Apesar de serem provocadas por tormentas e mudanças climáticas, as políticas urbanas devem estar integradas às demandas do meio natural e dos sistemas de drenagem.
Além de ser um problema para a toda a cidade, são os bairros mais pobres os mais afetados pelos excessos hídricos.
No artigo escrito para o jornal argentino Clarín, os professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Buenos Aires (FADU-UBA), Luis María Calvo e Carlos Lebrero, defendem uma maior atuação da universidade para gerar um grau crescente de sustentabilidade urbana.
“A gestão urbana deve reconhecer o ciclo da água, os efeitos das mudanças climáticas e a dinâmica da água superficial para preservar o meio ambiente da cidade. Deveriam ser reconhecidas as áreas e a sua natureza, o solo, os sistemas de drenagem, as geoformas e os vales de inundação alterados pelo avance urbano que geram novas complexidades e catástrofe”, apontam.
O uso do solo na cidade deve estar acompanhado de medidas que permitam ao máximo a evaporação e a absorção pela terra, levando em conta as dinâmicas urbanas de mobilidade e fluviais.
Outros problemas que também exigem medidas políticas provêm da acumulação de lixo que dificulta e contamina os afluentes. “Não é uma tarefa fácil”, afirmam os autores, mas é necessário avançar numa coordenação regional para o desenvolvimento das bacias hidrográficas, o desenho das vias e do tratamento do lixo para a melhora do sistema de drenagem.
Além disso, é necessário fortalecer a capacidade técnica e administrativa dos municípios para gerenciar o crescimento e a água superficial para um desenvolvimento territorial sustentável.
De acordo com Lebrero e Calvo, a universidade deve acompanhar a resolução deste tema estudando os fenômenos e colaborando no fortalecimento da responsabilidade social diante dos problemas urbanos.
Fuente: http://fnbr.es/zx
Foto: Todos os direitos reservados por cassimano/Flickr.
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