Cidades que crescem para baixo

A ideia de arranha-céus está ficando obsoleta. Agora, urbanistas de cidades do mundo inteiro estão encontrando espaços com potencial para ser utilizado abaixo do nível do solo. De acordo com a professora Clara Irazábal, da Escola de Pós-graduação de Arquitetura e Planificação em Columbia, “existem verdadeiras oportunidades de desenvolvimento subterrâneo para cidades que já estão superpovoadas ou que estão crescendo. É algo que poderá ampliar a eficiência, reduzir os tempos de viagem e melhorar a qualidade de vida”, afirma.

Em Manhattan foi construído um parque subterrâneo em uma centenária terminal de ônibus.ñ Já na capital do México, uma pirâmide invertida de 300 metros abaixo da terra poderá permitir a construção de 65 plantas com um vão central que permitirá entrar luz natural até os locais mais baixos.

Os exemplos são muitos. Em Montreal, no Canadá, para escapar do frio, o governo construiu um complexo de 31 Km com quase 30 cinemas, 200 restaurantes, 2 mil lojas, bancos, museus e até universidades, todas acessíveis em vinte saídas ao exterior e sete estações de metrô. É conhecida como o maior complexo subterrâneo no mundo.

Já em Helsinki, no Báltico, o subsolo da cidade parece o queijo suíço Gruyère, perfurado por túneis ferroviários e passagens de serviço para linhas de eletricidade e calefação, além de 20 espaços para estacionamento e duas estações de ônibus.

Um caso mais antigo é o de Kansas nos Estados Unidos. Ali se construiu um complexo de luxo de 15 andares batizado como “Survival Condo Project”, originalmente uma obra do exército norte-americano na década de 60 para salvar de qualquer tipo de desastre, inclusive de um ataque nuclear direto. Comprado recentemente por um incorporador imobiliário, novos edifícios similares estão sendo construídos.

Túneis, estacionamentos, centros comerciais, condomínios… Diferentes projetos que vêm aproveitando o subsolo para o urbanismo.

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