O risco é a potencialidade de algum acidente ou desastre que resulte em danos sociais ou econômicos. Na história das cidades e aglomerados urbanos sempre houve registros de desastres urbanos naturais, e somente na América Latina e Caribe, terremotos, furacões, tempestades tropicais, inundações, deslizamentos, secas e contaminações tiraram mais de 80 mil vidas entre 1972 e 2001, de acordo com dados da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL).
Há algumas décadas, o estudo sobre a gestão dos riscos vem se fortalecendo como campo de conhecimento. No mês passado, a Universidade Nacional de Lanús (UNla), em Buenos Aires (Argentina), organizou o primeiro congresso latino-americano de estudos urbanos ambientais e gestão de riscos.
A proposta do congresso foi reunir pesquisadores, estudantes e profissionais de diferentes disciplinas para trocar experiências e conhecimento sobre a gestão de risco e a administração de recursos, a nível latino-americano e regional.
Entre os temas debatidos, mais de 14 eixos direcionaram o congresso: “As ameaças de origem natural”, “Os riscos urbanos ambientais e os efeitos para a saúde humana”, “Percepção e comunicação de riscos”, “Sistema de Informação Geográfica (SIG) como ferramentas de análise de riscos urbanos”, “Desenvolvimento e estratégias de prevenção de risco”, etc.
O evento contou com a presença do secretário de Articulação Científica Tecnológica do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina Alejandro Ceccato. Em sua fala, Ceccato repassou as conquistas da Comissão de Trabalho de Gestão de Risco, uma iniciativa do governo argentino que, segundo o secretário, reúne representantes de 22 organismos estatais, 50 universidades públicas e 60 universidades privadas.
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