Argentina desenvolve o primeiro fungicida biológico do país

O Instituto de Microbiologia e Zoologia Agrícola do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), na Argentina, desenvolveu um novo fungicida biológico para controlar os fungos que afetam as plantações de trigo e outros cereais comuns no inverno. O produto, titulado Rizoderma, se aplica diretamente sobre as sementes e promete controlar até 40% dos fungos filopatógenos. De acordo com o INTA, é a primeira vez que os produtores argentinos contarão com um fungicida biológico desenvolvido no país.

O bioinsumo foi desenvolvido junto à empresa argentina Rizobacter, através de um convênio de vinculação tecnológica para o desenvolvimento em conjunto. Os testes na região pampeana na Argentina apresentaram um aumento de produção de 190kg por hectare.

A função do produto é limitar o dano ocasionado pelos organismos fitopatógenos no cultivo, mas sem destruí-los por completo. A vantagem do produto biológico é preservar a flora e o equilíbrio do solo, já que não utiliza químicos. As pesquisas sobre o produto devem continuar. De acordo com Laura Gasoni, especialista do INTA, “há projeções para estender o controle biológico a outros cultivos como a soja”, disse.

A tecnologia argentina para produtos nacionais de fertilizantes, fungicidas e herbicidas de origem biológica movimenta uns 75 milhões de dólares no país, que devido aos estudos na área, são produzidos sem a necessidade de importar produtos do Brasil ou dos Estados Unidos.

Segundo o diretor do Instituto de Microbiologia e Zoologia Agrícola, Roberto Lecuona, a entidade tem 18 produtos desenvolvidos para o controle de diferentes pragas, enfermidades e artrópodes que fazem do instituto um precursor da investigação no campo de bioinsumos no país.

Fontes: http://fnbr.es/tr, http://fnbr.es/ts, http://fnbr.es/tt

Foto: INTA/divulgação