Uma equipe de pesquisadores da Universidade Tecnológica de Michigan, nos Estados Unidos, comprovou que vale a pena reciclar o plástico transformando-o em matéria-prima para as impressoras 3D. A reciclagem representa a redução de 90% do gasto energético que se usaria para fabricar o plástico a partir do petróleo, além de oferecer opções de reciclagem doméstica que diminuiria em 3% o gasto com os deslocamentos.
Para reciclar o plástico em casa, o grupo de pesquisadores criou um dispositivo chamado de RecycleBot, uma máquina de reciclagem que pode transformar uma garrafa plástica em filamentos para as impressoras 3D. A equipe experimentou com uma garrafa de leite comum, feita com polietileno de alta densidade (HDPE), cortou-a em pedaços e a triturou no dispositivo.
O resultado não é perfeito porque o plástico HDPE encolhe um pouco quando se esfria, mas o material pode ser usado para a impressão de peças que não exigem muito refinamento como cestas ou baldes de plástico.
Os pesquisadores sugerem também que a reciclagem em casa é mais econômica do que comprar filamentos para as impressoras. No caso dos Estados Unidos, um filamento se vende entre 36 e 50 dólares o quilo. Usando plástico reciclado, o valor de produção de um quilo sairia por 10 centavos de dólar.
A equipe pretende criar uma versão para comercializar o RecycleBot, mas no mercado já há opções similares. Um exemplo é o Filastruder, criado em 2013 através da plataforma de crowdfunding Kickstarter, por Tim Elmore, PhD em Engenharia Mecânica pela Universidade de Flórida.
O dispositivo oferece também aos coletores de lixo uma possibildade de conseguir melhores lucros com a reciclagem.
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Foto: J.M.Pearce/p2pfoundation.net/Recyclebot