Especialista em história ambiental critica o negócio da energia nuclear

Na entrevista realizada por Paulina de Césare para “Diario Publicable”, o professor, escritor e economista argentino especializado em história ambiental, Antonio Elio Brailovsky, criticou a indústria da energia nuclear e explicou alguns aspectos polêmicos do setor.

Segundo Brailovsky, as usinas nucleares foram planejadas com um propósito estratégico militar e perderam o sentido bélico após a Segunda Guerra Mundial. Para rever a funcionalidade das plantas atômicas, as forças armadas decidiram transformar a produção de calor em eletricidade.

Sobre as vantagens do negócio, Brailovsky afirma que os segredos em defesa da tecnologia e soberania funcionam como pretexto para não haver controle sobre as contas e os resíduos das centrais atômicas. No caso dos resíduos, a toxicidade química permanece durante muitos anos “sendo perigosos durante 20, 50 ou 200 mil anos”, disse.

O ambientalista propõe outras fontes de energia que não são poluentes, perigosas, nem radioativas, como a energia eólica e a hidroelétrica. Vale também a reflexão que faz sobre o consumo de energia: “numa sociedade em que a energia é mercadoria, o que as empresas elétricas necessitam é que consumamos. E quanto mais, melhor. Então, os quadros estatísticos que relacionam bem estar e desenvolvimento com consumo energético é uma armadilha.”

Fonte: http://www.diariopublicable.com/sociedad/2205-energia-nuclear-argentina-brailovsky.html

Foto: Télam

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