O modelo urbanístico em Espanha está sob debate. O encontro “Território, Cidade e Construção”, realizado em setembro no Circuito de Belas Artes de Madri, reuniu especialistas que avaliaram as características de sustentabilidade das urbes espanholas.
Nas palavras do catedrático de projetos arquitetônicos, Luis Fernández-Galiano, o cimento é mais ecológico que a grama ao comparar uma cidade compacta a uma cidade jardim. Segundo o professor, os gastos com locomoção, tempo e espaço territorial das cidades mais amplas acabam demandando mais gastos energéticos. Um exemplo para ele é a cidade de Madri que como muitos países no mundo copiaram o modelo americano de cidade: casas e carros.
O catedrático de economia aplicada Manuel Martín Rodríguez afirma também que o modelo de cidade dispersa propiciou as crises econômicas espanholas das últimas décadas já que todas tinham relação com o mercado imobiliário. A grande apropriação de solos, o financiamento abundante e as quebras de bancos foram alguns resultados dos investimentos no comércio residencial.
Por fim, a catedrática de geografia Josefina Gómez Mendoza deixou uma sugestão: restaurar antigos tecidos da cidade ao invés de construir novos.
O encontro foi organizado pelo Círculo Cívico de Opinión -uma associação sem fins lucrativos formada por 30 acadêmicos.
Fotografia baixo Licencia Creative Commons. Autor Barberenc.
Fonte: http://sociedad.elpais.com/sociedad/2013/09/26/actualidad/1380227516_118489.html