A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (National Oceanic and Atmospheric Administration, NOAA) dos Estados Unidos publicou recentemente um relatório sobre a situação no Ártico, no qual se indica que esta região está esquentando duas vezes mais rápido que outros pontos do planeta. Como consequência do aquecimento global, foram observadas algumas mudanças que afetarão o clima e algumas populações de animais.
De acordo com o relatório da NOAA, foram detectadas seis consequências diretas causadas pelo rápido aquecimento da atmosfera do Ártico.
1 – Correntes de ar frio para o leste dos EUA e aumentos de temperatura no norte da Europa e Alasca. Como consequência do aquecimento, foram alterados os padrões do clima, fazendo com que correntes de ar gelado causassem uma queda de 5° C na zona leste dos Estados Unidos e de grande parte da Rússia; além disso, foram registrados aumentos de até 10° C no Alasca. Uma nota do Washington Post identifica que o aquecimento global é a causa de invernos mais frios. De acordo com o relatório, o aumento da temperatura no planeta foi reduzido, mas o Ártico está esquentando duas vezes mais rápido que outras regiões.
2 – Redução da população de ursos polares. Observou-se uma queda na taxa de sobrevivência das fêmeas de todas as idades, além disso, foi observado que as crias têm menos possibilidades de sobreviver. Também foram reduzidas as taxas de reprodução dos ursos polares.
3 – A temperatura superficial do oceano e a reprodução do fitoplâncton estão aumentando. À medida que se retira o gelo da superfície marinha no verão, se observa um aumento na produção de fitoplâncton. A temperatura superficial do oceano continua aumentando a uma taxa de 0,9° F por década.
4 – A quantidade de neve em abril de 2014 na Eurásia foi a menor desde 1967 e a camada de gelo sobre o mar foi a sexta de menor extensão desde 1979.
5 – A tundra se torna marrom à medida que a extensão da temporada de crescimento se reduz, mas a quantidade de regiões verdes e a biomassa estão aumentando em todo o Ártico.
6 – Cerca de 40% da camada de gelo da Groelândia derreteu no verão de 2014, e o albedo (quantidade de luz solar refletida pelo gelo) alcançou um novo recorde negativo em agosto. Quando o gelo reflete menor quantidade de luz, o degelo aumenta. A massa total de gelo se manteve igual entre 2013 e 2014.
Fontes:
http://www.arctic.noaa.gov/reportcard/
http://www.washingtonpost.com/blogs/wonkblog/wp/2014/11/20/theres-growing-evidence-that-global-warming-is-driving-crazy-winters/