Metade da população na América Latina usa software pirata

Estudo indica porcentagem de software pirata instalado em todo o mundo em 2015. Brasil e México apresentaram queda e diminuíram a média de pirataria na América Latina

Na América Latina, a taxa de pirataria é alta. De acordo com uma pesquisa realizada pela BSA e The Software Alliance, 55% da população no continente instala programas sem licença, o que em outras palavras significa que usam software pirata. Mas entre 2013 e 2015, houve uma queda da pirataria no Brasil e no México, o que representou melhoras nos resultados da região.

“O desempenho do Brasil e do México, devido ao tamanho dos mercados, influenciou um declínio de quatro pontos percentuais na média da América Latina”, explicou o country manager da BSA para o Brasil, Antonio Eduardo Mendes da Silva para o site IDGNOW!

Ele avaliou que apesar de ser uma queda leve, de três pontos percentuais, a mudança é positiva no Brasil que agora tem a menor taxa de pirataria da América Latina. O crescimento da cultura de gestão de ativos de software por parte das empresas e a expansão da venda de softwares por meio da tecnologia cloud permitiram novos modelos comerciais e por isso, uma melhora na prática de licenciamento.

Piratas por todo o mundo

Segundo o relatório, 39% dos softwares instalados em computadores em todo o mundo durante o ano 2015 não foram licenciados. A Ásia ocupa o primeiro lugar em pirataria, como região, com mais da metade da população (61%) utilizando programas piratas. Em seguida no ranking, está a Europa Central e do Leste com 58% de programas sem licenciamento.

Porém na Ásia e Pacífico, percebe-se uma diferença muito grande entre os países. Por exemplo, Bangladesh e Paquistão tem mais de 80% de pirataria, enquanto Nova Zelândia e Japão não chegam a 20%. Na América Latina, a diferença é bem menor. O Brasil tem a taxa mais baixa e a Venezuela, a mais alta (88%).

Licença representa segurança

Segundo a BSA, muitos ataques cibernéticos estão entre os principais riscos ligados à pirataria de software. Os CIOs, entrevistados para pesquisa, reconhecem que a prática está relacionada a riscos de ataques cibernéticos.

O relatório acrescenta que uma boa Gestão de Ativos de Software (SAM) permite que as organizações melhorem o uso dos softwares, certificando-se sobre a legitimidade das ferramentas que possuem e procedimentos adequados para implantar e desinstalar softwares.

Para evitar o uso ilegal de programas, a BSA ressalta que os ciberataques custaram mais de $400 bilhões para empresas em 2015.

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Fonte: http://fnbr.es/36f

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