Maior consumo de fibras na gravidez, menor risco de doença celíaca para a criança

Estudo encontra que a cada 10 gramas mais de fibra consumida pela mãe durante a gestação, houve 8% menos de risco de desenvolver a doença celíaca na infância

A doença celíaca é uma reação imunitária ao glúten, presente em diversos alimentos que contêm trigo ou outros cereais como a cevada e o centeio. A pessoa celíaca, quando exposta ao glúten, reage produzindo anticorpos. Alguns órgãos podem ser afetados, como por exemplo, o intestino delgado, que sofre uma reação inflamatória.

Embora este distúrbio esteja associado a fatores genéticos, de acordo com um estudo recente realizado na Noruega, o consumo de fibras durante a gravidez poderia diminuir o risco da criança desenvolver a doença celíaca.

É a primeira vez que um estudo analisa a relação entre o consumo de fibras na gravidez e o desenvolvimento da doença na infância.

As conclusões sugerem que para cada 10 gramas a mais de ingestão de fibras durante a gravidez, houve uma queda de 8% no risco de sofrer a doença entre as crianças.

O risco poderia chegar a ser 34% menor com um consumo alto de fibras (mais de 45 gramas por dia), em comparação com os valores mais baixos de ingestão (menos que 19 gramas diárias).

Os pesquisadores avaliaram um estudo populacional com dados de mais de 88 mil crianças nascidas entre 1999 e 2009, e mediram o consumo de fibra e glúten das mães durante a gravidez.  Com estes dados, os pesquisadores analisaram os diagnósticos recebidos em relação à doença, durante 11 anos.

O estudo indica a importância de mais pesquisas neste campo para poder entender os efeitos do consumo de fibra durante a gestação para a flora intestinal da criança.

Para ampliar os conhecimentos sobre os efeitos da nutrição para a saúde, a FUNIBER patrocina o Mestrado Internacional em Nutrição e Dietética, um programa de educação à distância.

Fonte: Un alto consumo de fibra en el embarazo reduciría el riesgo de celiaquía en niños

Estudo: Maternal gluten and fibre intake during pregnancy and risk of childhood celiac disease: the Norwegian mother and child cohort study (pag.35)

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