Na quarta-feira, o Pinterest anunciou que irá introduzir uma proibição total de que informações errôneas relacionadas à mudança climática sejam compartilhadas em sua plataforma.
O aplicativo, no qual os usuários criam quadros de avisos on-line e compartilham conteúdo visual, define amplamente a desinformação climática para incluir qualquer informação que negue que a mudança climática seja real ou causada por atividade humana, juntamente com qualquer conteúdo que seja considerado deturpar informações científicas e ameaçar a confiança na comunidade científica.
Este movimento torna a empresa a primeira grande empresa de mídia social a proibir completamente a desinformação sobre a mudança climática. O gigante tecnológico Google adaptou sua política de publicidade para tentar garantir que os negam mudanças no clima não possam ganhar dinheiro com sua plataforma, bloqueando-os de usar os anúncios do Google. Meta (a nova empresa controladora do Facebook) também tomou algumas medidas para rotular as informações errôneas quando elas são compartilhadas em sua plataforma, mas parou de remover tais postagens.
Além de proibir completamente a desinformação meteorológica, a nova política do Pinterest abrange tanto o conteúdo orgânico postado pelos usuários quanto o conteúdo pago publicado por meio de sua rede de anúncios. A empresa alega que esta mudança foi feita, pelo menos em parte, porque os usuários estão cada vez mais buscando resultados relacionados ao meio ambiente e à sustentabilidade. Exemplos de termos de busca que dispararam no último ano incluem “dicas para não desperdiçar nada” e “ideias para reciclar roupas”, que aumentaram seis e quatro vezes, respectivamente.
Esta notícia segue também uma carta dirigida aos executivos dos gigantes das redes sociais e da tecnologia -Facebook e Pinterest, entre eles- que foi assinada por mais de 200 cientistas do clima, além de ativistas e organizações do setor. Na carta, os signatários desafiaram as empresas a introduzir esforços para combater a desinformação das mudanças climáticas semelhantes às políticas de desinformação mais introduzidas após a pandemia de Covid-19.
Entretanto, para aqueles que têm acompanhado os esforços da empresa para combater a desinformação, a adição à política do Pinterest provavelmente não é surpresa. Mesmo antes da pandemia, o Pinterest introduziu medidas para combater a desinformação vacinal em 2019. Em vez de puxar seus resultados naturais do conteúdo do usuário no mecanismo de busca interno da plataforma, o site redirecionou os usuários para fontes oficiais, incluindo a Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Centro de Controle de Doenças (CCD).
No passado, o Pinterest abordou outras questões sensíveis dentro de suas plataformas. Por exemplo, o Pinterest anunciou que deixaria de apoiar a publicidade política em sua plataforma em 2018. Em 2016, o Pinterest também bloqueou os anunciantes de promover roupas culturalmente insensíveis.
Além dos esforços de moderação de conteúdo dentro da própria plataforma, o Pinterest destacará grupos ambientais por meio de uma série destacando os estilos de vida verdes dos criadores da plataforma. O Pinterest também fornecerá crédito publicitário gratuito a organizações ambientais sem fins lucrativos.
A luta contra a mudança climática envolve partes interessadas de uma grande variedade de áreas, incluindo até mesmo empresas de tecnologia de mídia. Se este artigo despertou seu interesse, você deve consultar os programas patrocinados pela FUNIBER, tais como a Especialização em Educação Ambiental.
Fontes:
Pinterest bans misinformation about climate change
Pinterest bans all climate change misinformation on its platform
Pinterest announces ban on all climate misinformation
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