Alguns costumes chineses, no mundo dos negócios, vêm de sua cultura e é recomendável conhecê-los para negociar com empresas desse país, segundo especialista
Olegario Llamazares García-Lomas, diretor de Global Marketing e autor do livro “Como negociar em 50 países”, afirma que a China tornou-se o principal país do mercado mundial e, possivelmente, o mais competitivo.
Também indica que a China possui costumes culturais que influenciam nos negócios e nas transações entre as empresas estrangeiras. Abaixo apresenta-se alguns deles, de acordo com Olegario Llamazares:
Contatos pessoais: Guanxi
Os empresários chineses têm uma rede de contatos pessoais chamada “capital social” que são utilizadas para progredirem profissionalmente. A rede é composta por familiares, colegas de escola ou da faculdade, amigos e colegas de trabalho. A rede também funciona sob o princípio da reciprocidade (hui bao).
Intermediário: Zhongjian Ren
Para negociar com empresas estrangeiras, utiliza-se um intermediário. Busca-se, de preferência, uma pessoa de origem chinesa ou uma pessoa ocidental que tenha experiência anterior em negócios com empresas chinesas. Suas funções são: estabelecer os primeiros contatos, definir reuniões, iniciar conversas, resolver as diferenças e acompanhar constantemente os acordos.
Hierarquia: Shehui Dengji
Para a cultura chinesa, os valores de respeito e de obediência aos superiores são fundamentais. Isso implica que, nos negócios, as empresas estrangeiras devem ter representantes que também mostrem tratamento respeitoso aos principais executivos.
Raciocínio global: Zhengti Guannian
Devido à linguagem chinesa de símbolos e aos conceitos globais, os acordos também são tratados globalmente e em conjunto, sem separar temas ou seções.
Resistência no trabalho: Chiku Nailao
Na cultura chinesa, a capacidade e a resistência no trabalho são duas características muito valorizadas, pois mostram que os empresários têm preparação, habilidades analíticas e interesse pelo trabalho que realizam.
Ética: Lunlixue
Para entender o conceito de ética na China, deve-se recorrer à filosofia de Confúcio: “a moralidade baseia-se nas circunstâncias do momento e não em princípios universais”. Essa crença possibilita mudanças contínuas nas condições acordadas, que na cultura ocidental são consideradas más práticas e são motivos para iniciar processos judiciais, enquanto na China elas são perfeitamente viáveis e aceitas.
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Fonte: Cultura de negocios en China: 10 elementos
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