Ciclovias em Curitiba produzirão energia com o movimento dos ciclistas

Sistema que será instalado este ano permitirá a produção de energia por meio de sensores no asfalto que vibrarão com o movimento das bicicletas

Já faz algum tempo que a cidade de Curitiba, no Brasil, investe no transporte público para melhorar o trânsito e a qualidade de vida na cidade. Também iniciativas vêm sendo realizadas para aumentar o uso da bicicleta como meio de transporte. Agora, uma interessante proposta prevê transformar o movimento dos ciclistas em energia.

A partir de um pavimento especial implementado nas ciclovias, será possível captar o som e a vibração dos ciclistas quando passem e será possível aproveitar a energia criada para iluminar a sinalização das próprias faixas ciclistas.

Ao mesmo tempo, esta tecnologia fornecerá informação aos centros de controle de tráfico através de sensores que poderão indicar o fluxo de ciclistas, a frequência e o movimento do trânsito nas diferentes faixas. Com esta informação, será possível planejar melhor ações e projetos de mobilidade urbana.

Para o cicloativista e ex-assessor na Coordenadoria de Mobilidade da Secretaria de Trânsito de Curitiba (SETRAN) Goura Nataraj, o projeto está relacionado “muito mais com a segurança viária do que geração de energia”. Os sensores instalados vão permitir acionar um pisca-alerta nos cruzamentos, e poder avisar aos motoristas que passam no momento sobre a circulação dos ciclistas.

O ex-assessor alerta sobre o perigo existente nestes locais. “A gente ainda tem nos cruzamentos não semaforizados uma situação de risco aos ciclistas. Este é um projeto piloto de uma empresa japonesa que procurou a prefeitura de Curitiba apresentando uma proposta de melhorar a segurança dos cruzamentos das ciclovias”, diz o cicloativista.

O projeto é resultado de uma parceria entre a Prefeitura de Curitiba, a empresa de energia japonesa Soundpower e o Ministério de Indústria Japonês, que financia a expansão dos pavimentos especiais.

Na FUNIBER, os estudos em Urbanismo oferecem aos profissionais conhecimento sobre projetos atuais que são referência para a sustentabilidade das cidades.

Fontes: http://fnbr.es/3jf, http://fnbr.es/3jg

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