Esperam teste em humanos de medicamento para Alzheimer

Cientistas chilenos comprovaram a eficácia de medicamento contra o Alzheimer em modelos naturais e animais

O doutor Nibaldo Inestrosa, vencedor do Prêmio Nacional de Ciências do Chile, anunciou que conseguiu desenvolver um medicamento que pode ser útil no tratamento contra o Alzheimer. “Conseguimos provar que uma droga – um composto natural da Índia, chamado Andrografólido- é capaz não só de ter efeitos positivos sobre o Alzheimer em animais transgênicos, mas conseguimos repetir os mesmos resultados em um modelo natural da doença, um pequeno roedor chileno chamado Octodon Degus, que apresenta problemas cognitivos, falhas de memória, de aprendizagem e a acumulação das proteínas responsáveis pelo mal de Alzheimer” indicou Inestroza aos meios locais.

O medicamento desenvolvido por Nibaldo Inestrosa, diretor do Centro de Excelência em Biomedicina de Magallane (Cebima), e do Centro de Envelhecimento e Regeneração, Care Chile UC, e sua equipe de trabalho, demonstrou que é capaz de reverter e prevenir as mudanças relativas ao Alzheimer em animais geneticamente modificados. Atualmente, a equipe de pesquisadores se prepara para fazer os testes em humanos.

O Dr. Inestrosa explica sobre os testes realizados com animais que “um octodon degus jovem não apresenta nenhum problema associado a esta doença degenerativa, mas um animal de cinco anos começa a manifestar toda a sintomatologia do Alzheimer. Então, quando os tratamos com o composto, Andrografólido eles apresentaram níveis muito baixos de dificuldades cognitivas, mudanças morfológicas e de conduta”. O medicamento demonstrou que pode prevenir e reverter as mudanças observadas nos animais de laboratório, mas agora é necessário realizar os testes em humanos.

Indicou-se que o Andrografolído (andro) é um produto natural extraído das folhas da planta andrographis paniculata, e utilizado pela medicina ayurvédica. De acordo com os pesquisadores, serve como um componente que ativa a via de sinalização Wnt, vinculada aos processos de sinapses, influenciando nos processos de memória e aprendizagem.

Os estudantes da área de Gerontologia da FUNIBER se mantêm atentos ao desenvolvimento de medicamentos que podem ajudar a melhorar a qualidade de vida de seus pacientes.

 

Fonte: La prensa austral

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