Apenas 1% das mulheres recebe tratamento para menopausa

Estima-se que 20% das mulheres podem precisar de tratamento para superar a menopausa na Espanha

A Associação Espanhola para o Estudo da Menopausa (AEEM) informou que cerca de 20% de 7 milhões de mulheres com menopausa que há na Espanha apresentam sintomas graves após entrar nessa fase da vida; entretanto, menos de 1% das mulheres recebe tratamento, porque existe uma rejeição generalizada à terapia hormonal.

Os ovários deixam sua função entre os 45 e os 55 anos, após o início da menopausa as mulheres podem sofrer diversos sintomas como sensação de calor, insônia, problemas vaginais ou transtornos osteoarticulares. Nicolás Mendoza, presidente do AEEM, garante que na atualidade “existem tratamentos específicos para todos os problemas médicos que podem surgir nesse período”.

Há mais de 10 anos o tratamento conhecido como terapia hormonal substitutiva, específico para tratar os sintomas da menopausa, foi “demonizado” porque um estudo vinculou as aplicações desta terapia com um maior risco de câncer, e depois disso as mulheres procuraram evitar utilizar esta terapia. Mendoza garante que depois surgiram novos estudos que descartam essa vinculação, e por isso pede que as mulheres que falem dos seus problemas quando compareçam às consultas de Ginecologia.

Mendoza indica que na atualidade pode-se optar por muitos tratamentos e pode-se buscar uma solução de forma personalizada, inclusive com terapias naturais. “As terapias naturais também podem funcionar, não são tão eficazes como a hormonal, mas dependendo de cada mulher, talvez, seja suficiente”, explicou o especialista.

A AEEM respira a criação de programas específicos de saúde na Espanha, nos quais se procura abordar a menopausa como qualquer outro processo fisiológico da mulher como a gravidez, em que são incluídos testes de rastreio para o diagnóstico precoce, um estudo de antecedentes cardiovasculares ou inclusive a prescrição de exercício físico.

Os estudantes da área de Gerontologia da FUNIBER procuram recomendar aos seus pacientes os melhores tratamentos para enfrentar os sintomas gerados pela menopausa e alcançar uma melhor qualidade de vida.

Fonte: Jano

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